terça-feira, 13 de novembro de 2007

A PAZ E O RAPAZ

Paz, passada
passe pesado que passa
passa e não leva nada,
sem sobrar algo
sem lembrar logo
sem saber tudo
esquecendo do lembrado
passado em paz
que luta para ser notada
uma luta sangrenta
de tormenta
vive minha mente
chuva, chuvisco, tempestade
cinza, negro e cores tristes
minhas tardes estão cheias
de vazio em vazio
de paz e atrito
de dor e alegria
de tudo e nada
de mim e de ninguém
de sol e de chuva
lutando em paz
matando em paz
tudo em nome da paz
eu, você, aquele rapaz
eu, você, eu de novo
você, eu, eu de novo
rapaz! que rapaz?
paz! que rapaz?
As! que paz?
rapaz? que paz?
só cinza
brisa
de tempestade
de tormenta
de tormento
de busca impossível
palha no agulheiro
pulo de cabeça
quero sentir dor
se a dor me trouxer paz
rapaz! que paz?
quero sentir paz
se ela me livrar da dor
e do rapaz!
que rapaz?
aquele da paz?
que paz?
aquele rapaz!
aquele rapaz sou eu
quem sou eu?
aquele rapaz é a paz
o que é ter paz?
aquela paz
aquele rapaz
no olho da tormenta
em paz
aquele rapaz está em paz
no olho da tormenta
os ventos são brisa
de vida que se esgota
e logo
no olho da tormenta
descubro a paz
e a aproveito eternamente
nos poucos instantes que precedem
a morte do rapaz
em paz.

An Uninvited Ghost (13/11/2007)

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