Caros senhoras e senhores,
Sob a luz dos atuais acontecimentos e mobilização popular, não importando o motivo de tal mobilização, gostaria de trazer a vocês um texto que é conhecido apenas parcialmente, uma vez que é proclamado de tempos em tempos durante a abertura de eventos esportivos oficiais: o Hino do Brasil.
O texto proclamado foi escrito por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a melodia que coroa o mais belo hino do mundo, composta por Francisco Manuel da Silva (1795-1865). O hino que conhecemos hoje, foi declarado oficial somente no dia 1 de setembro de 1971, através da lei nº 5700.
Este hino é comemorado anualmente, todo 13 de Abril. A data não é aleatória. Dia 13 de Abril de 1831 foi o dia escolhido por Francisco Manuel da Silva para apresentar pela primeira vez o hino, justamente a data em que o navio levando Dom Pedro I deixa os portos do Rio de Janeiro (ainda que exista alguma discordância sobre este fato).
A letra exalta o país, suas riquezas e belezas naturais e conclama o povo a lutar e morrer pela pátria. Convido a todos, tirar uns minutos do dia para refletir sobre o nosso hino e deixo um (dos muitos) link que encontrei com boa qualidade de som, no youtube.
O poema é dividido em duas partes, das quais a primeira é amplamente conhecida pois é tocada na abertura de jogos internacionais e na premiação, quando temos um brasileiro no pódio.
Na minha opinião, a segunda parte é muito tocante e seu conteúdo mais significativo para o momento vivido pelo Brasil atual.
HINO NACIONAL BRASILEIRO | |
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Primeira Parte | Segunda Parte |
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido, De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo És mãe gentil, Pátria amada, Brasil! |
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores". (*) Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula - Paz no futuro e glória no passado. Mas se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo És mãe gentil, Pátria amada, Brasil! |
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