quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Mais um dia como os outros

Sonhando sobre sonhos, sonho que desperto. Desperto num mundo de sonhos, devaneios... Olho em volta e todos os meus sonhos habitam este sonho. Sonhos desconexos. Sonhos meus que não mais sao meus.
Um mundo de sombras iluminadas pela luz que desejo alcançar. Afinal, onde há luz, há sombras.
Sombras que buscam crescer. Lutam entre si e comigo para consumir o que desejo.
Sonhos e sombras andam juntos dentro de mim. Sou um homem dividido entre o que desejo e o que insiste em destruir o pouco de humanidade que existe em mim.
Luto comigo mesmo para sobreviver, mas sou arrastado e temo perder o que tenho de mais preciso em mim. Minha humanidade, sanidade, felicidade.
Luto por minha vida. Nao corro nunca. Fugir jamais. Contudo, essa insessante luta esgota minhas reservas de energias.
Curiosamente, com minhas energias, se vao as energias dos sonhos e das sombras que, ainda lutando, perdem intensidade.
Entendo, no amago de minha alma, que devo continuar a nutrir esta batalha. Se algum dia nao for mais possivel lutar, junto com a batalha, minha alma morre.

An Uninvited Ghost (31/10/2007)

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Um rápido vislumbre de minha vida

tempos venho pensando em escrever sobre a vida. Não sobre a vida em si, mas a vida que venho levando. A vida que venho me deixando levar.
tempos me pego pensando no valor que dou à tudo que tenho, à tudo que ambiciono - à ambição em si - à como venho fazendo para atingir os objectivos que sempre sonhei atingir.
Os sacrifícios que venho, muito tempo, fazendo.
O que vale à pena sacrificar?
Estou cansado.
O pouco conforto que encontro está na mulher que amo, na família que, por mais distante que eu seja, tenho e no álcool que consumo.
tempos me pergunto se isto é o que sempre quis para mim.
Não me lembro de, alguma vez, ter encontrado uma resposta, por isso continuo como sempre estive. Como estou.


An Uninvited Ghost (29/10/2007)